domingo, 28 de fevereiro de 2010

O Livro da Felicidade.

“Como seres humanos temos as faculdades apropriadas para o desenvolvimento espiritual, dentre as quais a mais preciosa é o cérebro humano. É muito importante não desperdiçarmos a grande oportunidade que nos é oferecida por nossa condição de seres humanos, pois o tempo é um fenômeno momentâneo e inesperado. É da natureza das coisas que elas sigam um processo de mudança e desintegração. Por isso, é de extrema importância darmos significado a nossas vidas.”

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A imprensa deve ter limites

Calma, não estou pregando a volta da censura.

Mas, observando a cobertura das emissoras nacionais e internacionais da catástrofe que vitimou o Haiti, não tenho como não pensar que deve haver um código ético de conduta para as coberturas que envolvam pessoas que estão sentindo dor, quer seja física ou psicológica.
Penso que existe um limite que deve ser respeitado, de caráter humanitário. Isso significa que não deveriam ser veiculadas imagens de pessoas soterradas, sentindo dor, ou de pessoas vivenciando o luto e o desespero da perda de um ente querido.

Num episódio recente no Rio Grande do Sul, uma ponte ruiu com a força das águas, e levou quem, por infelicidade, estava sobre ela naquele momento. Acompanhei, atônito, o assédio diário dos repórteres sobre um pai que aguardava o resgate do filho, que ao final não foi encontrado. Enfiar um microfone no rosto de uma pessoa despedaçada por dentro, ou tirar fotos nesse momento para a primeira capa de um jornal me parece uma idéia de extremo mau gosto e de uma insensibilidade monstruosa.

Por fim, não há como não condenar a atuação da Globo nesse episódio do Haiti. O Jornal Nacional dá a manchete de que sua repórter participou do resgate de uma enfermeira soterrada. Quando vemos as imagens, o que eu vejo é que soldados da força de Paz da Onu, que deveriam estar
centrados em atividades de resgate e segurança da população, estão rodando a cidade fazendo escolta particular da repórter, que inclusive é quem dá ordens, pois o áudio é claro quando ela ordena que o carro pare no ponto onde está o hospital.

Não sei, tudo isso me deixa bem triste. Em nome da liberdade de imprensa, as emissoras buscam a cena mais chocante, em busca da audiência. Parte da culpa é da audiência, que não repudia tal atitude.