quinta-feira, 1 de julho de 2010

::Cérebro em Questão::



Eu estava lendo a "Época" da semana retrasada, ou re-retrasada -
sei lá -, e tinha uma reportagem que dizia que o cérebro não conseguia
organizar todos os pensamentos da maneira como queríamos, por isso, o
ser humano foi capaz de criar o lápis, caneta, depois os teclados de
computador, e outras formas de expandir a mente.

Sem essas formas de organizar os pensamentos, ou de transformá-los em matéria, nós
não conseguíriamos ser tão empreendedores e não teríamos diferentes
níveis de sociabilidade. Além de tudo, a história não existiria da forma
que ela existe. Não teríamos arquivos músicais, livros, peças de
teatro, pinturas, etc. Viveríamos recriando o passado sem saber do
passado. Sem Mozart, Picasso e Shakespeare.


Triste não é?! Partindo dessa idéia de que nosso cérebro não tem capacidade de
organizar tudo do jeito que queríamos, e que ele não consegue arquivar
todas as boas idéias ou insights que temos durante nossa
existência, me preencho de medo e fragilidade munidos de uma dependência
material enorme.
Há uma escuridão nisso tudo. Quanto mais usarmos
de artifícios para expandir a mente, menos deixaremos que nosso corpo e
mente resolvam os problemas existenciais. Largaremos nas pontas dos
dedos.


Será que a evolução ou a construção de um cérebro bem
organizado dependem da dosagem que usamos uma caneta ou o teclado de um
computador? Ainda não é possível saber a resposta. Quem sabe em um
futuro não muito distante, alguém pacientemente pegue uma caneta, ou com
as pontas dos dedos, me diga a resposta.

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